O tema de hoje tem relação direta com a psicologia. Nós fisioterapeutas também precisamos entender e trabalhar com uma equipe multidisciplinar, já que estes fatores psicológicos afetam o processo de recuperação do indivíduo.
A prática de atividade física ou de modalidades esportivas está associada a uma maior probabilidade de lesões. Pior ainda é perder horas esparramado, ocioso e com um possível quadro de depressão no futuro.
Com os nossos meninos campeões do surf e a popularidade do esporte em alta é bem provável que a modalidade ganhe mais adeptos e, consequentemente, o aparecimento de lesões aumente também.
Podemos citar quadros de negação da lesão, resistência ao tratamento, preocupações financeiras acerca do futuro esportivo, insegurança, medo, drop-out (abandono do esporte) e burnout (síndrome caracterizada pelo esgotamento físico, psíquico e emocional, em decorrência de um treinamento ou atividade estressante).
Alguns treinos aperfeiçoam a qualidade da preparação esportiva, como os treinamentos que desenvolvam maior consciência corporal. Fisioterapia também pode ser utilizada como complemento do treino.
Melhorar a autoconfiança em atletas influencia o afeto, o comportamento e as cognições, assim como frases motivacionais incorporadas aos exercícios são um meio de alcançar este objetivo.
Para alguns autores, a confiança desperta emoções positivas, facilita a concentração e aumenta o nível de esforço.
Tudo isso interfere no “momentum psicológico”, termo utilizado para sensações e mudanças que o atleta torna determinantes entre vencer e perder, lutar ou se entregar.
Durante a recuperação de uma lesão as metas precisam ser reais, desafiadoras e motivantes. Isso interfere positivamente no tratamento. Mas elas são de curta, media e longa duração, dependendo do caso, para que não haja recidiva da mesma, ou seja, o reaparecimento da lesão.